Sistema de Detecção de Incêndios
Investimento de 600 mil euros vai ser testado este ano em Portugal, mas já há interesse de vários países na sua aquisição.
Um sistema pioneiro desenvolvido por investigadores portugueses, que permite detectar incêndios florestais à distância através de análises químicas da atmosfera, vai ser apresentado este mês, em Santarém e já está a ser cobiçado por vários países.
De acordo com João Matos, um dos promotores do projecto, que integra a empresa NGNS - Ingenious Solutions, esta "tecnologia inovadora" utiliza um espectrómetro óptico para fazer a análise química da atmosfera e detecta se existe algum fogo num raio de 15 km.
João Matos explicou que o sistema Forest Fire Finder é composto por peças que são colocadas no alto de torres de observação (como as da Direcção-Geral dos Recursos Florestais), ou de comunicação (como as antenas de telemóveis) e que fazem uma observação a 360 graus do horizonte, enquanto analisam quimicamente a atmosfera.
"Quando detectam fumo orgânico (o que resulta da queima das árvores) lançam um alerta e o próprio sistema calcula a distância a que se encontra o fogo, enviando a informação para os centros onde está o controlo, através de um programa da Internet", explicou.
De acordo com o cientista, a análise química é rigorosa ao ponto de distinguir se se trata de fumo orgânico ou fumo libertado pelas fábricas, por exemplo, sendo que neste caso não é lançado qualquer alerta.Segundo o responsável, as câmaras de vídeo-vigilância actualmente utilizadas pela Protecção Civil não permitem avaliar a "diferença entre uma nuvem de fumo orgânico, fumo industrial ou uma nuvem normal".
Apesar de não conseguir detectar a dimensão do fogo, o Forest Fire Finder envia as imagens a quem está no controlo, que consegue desse modo perceber o tamanho do incêndio e calcular os meios necessários para o combater. 20 milhões de eurospara cobrir todo o paísAtravés desta tecnologia é ainda possível acompanhar por vídeo tudo o que se está a passar, acrescenta o especialista, sublinhando que "a imagem tem uma resolução tão grande que quem está no controlo consegue perceber se o fumo é de uma simples sardinhada".
João Matos salientou ainda o carácter autónomo do sistema, que na ausência de energia eléctrica funciona com energia solar.Totalmente desenvolvido por portugueses, esta tecnologia custou cerca de 600 mil euros a ser desenvolvida, tendo para isso contado com investidores particulares e empresas privadas.
Para abarcar o país inteiro, seriam necessários cerca de 300 aparelhos, o que custaria 20 milhões de euros, disse, salientando tratar-se de um "investimento bastante baixo, comparativamente com o que se gasta anualmente em detecção".
Os responsáveis pelo projecto não sabem ainda se o conseguirão vender, mas asseguram já ter interessados em vários países. "Temos bastantes interessados em Espanha, mas entendemos que devíamos investir primeiro em Portugal e só então avançar para fora", explicou João Matos. Em Fevereiro deste ano, apresentaram o projecto numa feira em Madrid, onde surgiram empresas interessadas, de quase todas as regiões espanholas, bem como de outros países, como Alemanha, França, Grécia, Turquia, Chile e Austrália.
O Forest Fire Finder vai arrancar este ano em várias zonas do país com dez sistemas em testes de demonstração, os três primeiros já no mês de Julho. O objectivo é poderem ser vendidos a partir de Dezembro. Lusa
Um sistema pioneiro desenvolvido por investigadores portugueses, que permite detectar incêndios florestais à distância através de análises químicas da atmosfera, vai ser apresentado este mês, em Santarém e já está a ser cobiçado por vários países.
De acordo com João Matos, um dos promotores do projecto, que integra a empresa NGNS - Ingenious Solutions, esta "tecnologia inovadora" utiliza um espectrómetro óptico para fazer a análise química da atmosfera e detecta se existe algum fogo num raio de 15 km.
João Matos explicou que o sistema Forest Fire Finder é composto por peças que são colocadas no alto de torres de observação (como as da Direcção-Geral dos Recursos Florestais), ou de comunicação (como as antenas de telemóveis) e que fazem uma observação a 360 graus do horizonte, enquanto analisam quimicamente a atmosfera.
"Quando detectam fumo orgânico (o que resulta da queima das árvores) lançam um alerta e o próprio sistema calcula a distância a que se encontra o fogo, enviando a informação para os centros onde está o controlo, através de um programa da Internet", explicou.
De acordo com o cientista, a análise química é rigorosa ao ponto de distinguir se se trata de fumo orgânico ou fumo libertado pelas fábricas, por exemplo, sendo que neste caso não é lançado qualquer alerta.Segundo o responsável, as câmaras de vídeo-vigilância actualmente utilizadas pela Protecção Civil não permitem avaliar a "diferença entre uma nuvem de fumo orgânico, fumo industrial ou uma nuvem normal".
Apesar de não conseguir detectar a dimensão do fogo, o Forest Fire Finder envia as imagens a quem está no controlo, que consegue desse modo perceber o tamanho do incêndio e calcular os meios necessários para o combater. 20 milhões de eurospara cobrir todo o paísAtravés desta tecnologia é ainda possível acompanhar por vídeo tudo o que se está a passar, acrescenta o especialista, sublinhando que "a imagem tem uma resolução tão grande que quem está no controlo consegue perceber se o fumo é de uma simples sardinhada".
João Matos salientou ainda o carácter autónomo do sistema, que na ausência de energia eléctrica funciona com energia solar.Totalmente desenvolvido por portugueses, esta tecnologia custou cerca de 600 mil euros a ser desenvolvida, tendo para isso contado com investidores particulares e empresas privadas.
Para abarcar o país inteiro, seriam necessários cerca de 300 aparelhos, o que custaria 20 milhões de euros, disse, salientando tratar-se de um "investimento bastante baixo, comparativamente com o que se gasta anualmente em detecção".
Os responsáveis pelo projecto não sabem ainda se o conseguirão vender, mas asseguram já ter interessados em vários países. "Temos bastantes interessados em Espanha, mas entendemos que devíamos investir primeiro em Portugal e só então avançar para fora", explicou João Matos. Em Fevereiro deste ano, apresentaram o projecto numa feira em Madrid, onde surgiram empresas interessadas, de quase todas as regiões espanholas, bem como de outros países, como Alemanha, França, Grécia, Turquia, Chile e Austrália.
O Forest Fire Finder vai arrancar este ano em várias zonas do país com dez sistemas em testes de demonstração, os três primeiros já no mês de Julho. O objectivo é poderem ser vendidos a partir de Dezembro. Lusa
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